sábado, 2 de abril de 2011

A vergonha de um parlamentar.



Para nós, brasileiros, é uma vergonha saber que em nossa Câmara de Deputados, em Brasília, a arrogância de um lixo e resquício da ditadura militar hoje grita, mostrando sua verdadeira face. Agredindo e denegrindo a Casa do povo. 
O deputado Jair Bolsonaro mostrou seu lado racista, vingativo e violento, que nao é compatível com o cargo que representa. 
Pedimos, como cidadãos, à Comissão de Ética, uma investigação da verdade sobre este indivíduo. Na Câmara e na vida militar. Sua ligação com a ditadura, - da qual é fervoroso defensor-, com a tortura e com o desrespeito aos direitos humanos.
Após ver tanta falta de ética política e civilidade de um parlamentar, é necessário, para o bem da sociedade, que o mesmo seja afastado das fileiras dos legisladores. Com certeza ele cairia na Lei da Ficha Limpa.


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George K.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma visão equivocada e uma beleza deturpada.


Uma bela cidade com duas faces. Uma face de praias lindas, histórias fantásticas, artesanato, criatividade e uma cultura regional bela e pouco conhecida pelo Brasil. A outra face é uma cidade ainda dominada por um coronelismo velado de esquerda e de direita, no qual pouquíssimas famílias governam e monopolizam o empresariado e a economia. 
Agora, uma realidade surge. A invasão de uma nova classe que distorce as feições regionais. Um novo tipo de empresariado, de maioria europeia (italianos, espanhóis e portugueses), que começam a investir na área de importação e exportação, empreendimentos imobiliários, turismo, hotelaria e gastronomia. 
Enquanto uma parte da cidade vive em uma realidade na qual a polícia trabalha com carros importados - escoltados por motos, - nos bairros nobres, a outra parte ainda vive a era da pistolagem, relembrando o começo do século passado. Em duas realidades tão geograficamente próximas, habitam duas realidades tão absolutamente antagônicas.
É de se estranhar que em uma cidade tão turística, exista um aeroporto tão mal equipado - dentre os piores do Brasil-, que dá margens há uma entrada e saída constante e facilitada de narcotraficantes.
Para ser mais claro, estamos falando do Aeroporto Internacional Pinto Martins, localizado na cidade de Fortaleza/Ceará.
Este aeroporto é a porta de entrada de uma modalidade singular de turismo no Brasil. Podemos chamar, de uma maneira vulgar, de "os sacoleiros africanos", que vêm à cidade fazer todo tipo de compras de bens de consumo, como também tratamento médico e, principalmente, dentário. Essa situação é até compreendida justamente pela proximidade de Fortaleza com os países africanos de língua portuguesa, tendo até mesmo uma linha regular de vôos com uma empresa aérea de Cabo Verde, que chegam lotados. O porém dessa situação está  no aproveitamento que os narcotraficantes fazem desses viajantes de países extremamente pobres, os fazendo carregar a droga até aqui, principalmente ingerida, constituindo-se, assim, uma rota de tráfico de drogas internacional.
Todos esses fatos culminaram num aumento de um antigo problema, que, em principio, poderia ter sido controlado. Este problema é a prostituição, principalmente, infantil. Crianças de nove, dez, onze anos, meninos e meninas, transitam por pontos estratégicos da cidade, - hotéis, quiosques da Beira-Mar - com a vista grossa de todas as autoridades, vendendo seus corpos por dez, quinze reais, ou por uma pedra de crack. Servem, também, como intermediárias na compra de drogas pesadas e mais caras para seus clientes. 
Essa prostituição sem impedimentos nem controle do Estado, possibilita a pior das fontes de renda para uma cidade: o turismo sexual.
No entanto, vale lembrar, que tal pratica abominável já é pré-selecionada pelos turistas, em seus países de origem, por agências de turismo que a promovem com farto material publicitário, fotos e guias de conduta e locais propícios. Muitos desse guias vergonhosamente produzidos no Brasil e distribuídos ao mundo.
É hipocrisia falarmos que Estado e Município não sabem do que se passa, nem têm poderes para inibir tais crimes e violações aos direitos da criança e do cidadão, previstos constitucionalmente.
Mas, é claro que tendo todos os poderes para inibi-las, a preocupação maior do país nesse momento é cumprir metas para os jogos olímpicos e copa do mundo, construindo estádios e melhorando estradas. O que nos faz pensar de que maneira são investidos os gastos públicos para o benefício da população como um todo. Porque todos somos iguais perante a lei, pobres ou ricos.
Construir uma nova sociedade na qual há a formação de uma nova classe, com novos pensamentos e ideias, não é tão simples, mas, se não pensarmos no coletivo, em uma verdadeira maneira de se socializar dando educação, saúde e os direitos básicos ao ser humano, continuaremos nesse mesmo egoísmo secular.
Depois de todo esse exposto, não devemos jogar toda responsabilidade nos governos, e sim assumirmos a nossa parte de não fecharmos os olhos nem calarmos a boca diante dos fatos. A cidadania é ter o direito de expressar a sua indignação e o repudio com as injustiças da sociedade.
A culpa também é nossa.


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George K.