PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO
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- Carta Aberta
PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO (PCPB)
Guia-se pela teoria marxista-leninista Revolucionaria , adota como princípio o centralismo-democrático e organiza sua militância para a luta social e para a política transformadora na construção do Socialismo no Brasil.
Não somente um novo partido Comunista mas tem como principal diretriz o entendimento da construção do socialismo no século XXI.
O Governo Bolsonaro, que muitos consideravam morto, não somente ressurgiu das cinzas, mas após a eleição de Biden, passou a controlar as duas câmaras do Congresso.
As alianças que a esquerda fez ultra passaram as fronteiras do que poderia ser considerado aceitável. Bolsonaro elegeu Rodrigo Pacheco do DEM como presidente do Senado com o apoio direto de setores da esquerda.
O que era proposto como uma “frente ampla” contra Bolsonaro acabou sendo uma “frente ampla” com Bolsonaro. No vale tudo por cargos no Congresso, a “frente ampla” na Câmara dos Deputados se formou com Baleia Rossi também do DEM, apoiada por quase toda a esquerda oficial.
A política da esquerda oficial tem se distanciado completamente do povo e dos trabalhadores. É uma “realpolitik” que nada tem a ver com luta, muito menos com luta revolucionária para tomar o poder, embora às vezes mencionem isso como um fato tão distante que ficaria para outras vidas.
O fortalecimento do Governo Bolsonaro (que inclui os generais, grandes empresários e a Embaixada dos Estados Unidos) mostrou os primeiros frutos. Num país onde a propaganda oficial diz que deve ser “privatizado” tudo porque não haveria dinheiro para nada, com R$ 3 bilhões o Governo comprou o Congresso e aprovou a Autonomia do Banco Central com uma diferença enorme de votos, 339 a 114.
Essa vitória acachapante foi seguida pela imposição da abertura de contas em dólares no Brasil, com o objetivo de facilitar a especulação financeira, e do Senador Pacheco ter colocado em pauta a Reforma Administrativa.
Tudo aponta a que virá um verdadeiro massacre do Brasil se não houver luta. Ainda mais considerando que o novo governo Joe Biden/ Kamala Harris está impulsionando uma política muito agressiva, com muito cheiro de ditaduras brutais ditaduras e de guerras sangrentas.
Neste momento, o povo brasileiro ainda se encontra bastante quieto considerando a brutalidade dos ataques. Mas assim também se encontrava em outros países onde a reação já começou, como o Chile, o Haiti ou a França por exemplo.
Nós queremos nos preparar para atuar desde já para enfrentarmos o que inevitavelmente virá no próximo período. E a luta deve ser organizada fundamentalmente a partir do movimento de massas e não de conchavos com inimigos inveterados do povo brasileiro.
Nós nos consideramos militantes revolucionários e lutamos pela organização dos trabalhadores e do povo brasileiro contra o massacre imposto pelo Governo Bolsonaro a mando dos grandes capitalistas e do imperialismo.
Nós lutamos pela revolução no Brasil, na América Latina e no mundo. Por esse motivo, nos propomos a ajudarmos a construir um partido verdadeiramente de luta, capaz de organizar as massas à tomada do poder.
Com o objetivo de ajudar a agrupar os verdadeiros revolucionários e lutadores, consideramos que devemos levantar as bandeiras de luta que a esquerda oficial esqueceu, mas que representam a saída popular para a crise do capitalismo.
Devemos lutar pelo fim da dívida pública e a estatização dos bancos.
Pelo fim das privatizações a reestatização das empresas públicas já privatizadas.
Por conselhos de trabalhadores para controlar esses processos.
Por salários dignos. Hoje um salário mínimo devia ser de pelo menos R$ 5 mil. De onde virá o dinheiro para isso? Da abolição da especulação financeira e da espoliação do Brasil imposta pelo imperialismo, principalmente pelo imperialismo norte-americano.
Com os novos recursos que ficarão disponíveis, poderá ser realizado um grande programa de obras públicas que gerará dezenas de milhões de empregos e ainda ajudará para acabar com o latifúndio e incorporar de verdade à sociedade uma boa parte da população marginalizada, como os ribeirinhos, os indígenas, os camponeses pobres e os quilombolas.
Alocar pelo menos 10% do PIB para a educação pública e outros 10% do PBI para a saúde pública, que são políticas públicas fundamentais junto com bons empregos e um amplo programa de moradias.
Que os generais voltem aos quartéis e que a tropa tenha o direito à sindicalização, a greve e à manifestação política..
Que haja amplo e irrestrito direito à expressão e manifestação.
Amplo direito a organização sindical e política.
Ampliar os programas sociais até que todo o povo brasileiro tenha empregos dignos. E colocar esse programa sob o controle dos conselhos de trabalhadores.
Assinam: GEORGE KUNZ : SEC GERAL DO PCPB
